Já dizia o sábio: "você diz que seus pais não te entendem, mas você não entende seus pais". Pois é, a interação entre as diferentes gerações e a dificuldade de comunicação entre elas já rendeu até música do Legião Urbana.
Porém, não é só nas relações familiares que a questão das gerações importa; se você tem um negócio e quer promover um marketing eficiente, saiba que isso afeta – e muito – o seu trabalho.
Para um marketing eficiente, a comunicação precisa ser diferente com cada geração. A abordagem que você usa para falar com seu cliente precisa levar em consideração o fato de ele ser um baby boomer ou um millenial faz toda diferença.
Nesse artigo, você vai entender melhor as gerações e como deve ser a comunicação da sua marca com cada uma delas.
Existem diferentes maneira de dividir e entender as gerações, dependendo do interesse. Os sociólogos vão usar certas categorias; os historiadores usam outras. No nosso caso, o que nos interessa é a visão do marketing.
Atualmente, cinco gerações principais dividem espaço no planeta: Baby Boomers, Gen X, Gen Y, Gen Z e Alpha. Veja as principais características de cada uma, de acordo com o Dossiê da Rock Content.
É composta por pessoas que nasceram entre 1940 e 1960; portanto, que têm cerca de 60 a 80 anos. São descritos como idealistas, combativos, disciplinados e coletivistas. Atualmente, concentram uma parte significativa da riqueza e são responsáveis pelas principais tomadas de decisão.
É composta por pessoas que nasceram entre 1960 e 1980; portanto, que têm cerca de 40 a 60 anos. Ainda traz consigo algumas das principais características dos Baby Boomers, como a disciplina, o respeito à hierarquia e o desejo de estabilidade; porém, também é mais individualista e competitiva do que a geração anterior.
É composta por pessoas que nasceram entre 1980 e 1995; portanto, que têm cerca de 25 a 40 anos. São flexíveis diante da mudança, apreciam a inovação e buscam desafios. Também são questionadores e imediatistas. Preferem a ousadia à estabilidade. Em muitos casos, priorizam experiências, em vez de bens tangíveis.
É composta por pessoas que nasceram entre 1995 e 2010; portanto, que têm cerca de 10 a 25 anos. Algumas de suas características são ativismo, engajamento e senso crítico. São mais pragmáticos e realistas do que os Millenials. Devido a crescerem em um período de maior incerteza sobre o futuro, a estabilidade volta a ser importante para essa geração.
É composta por pessoas que nasceram a partir de 2010; portanto, que têm até 10 anos. Ainda sabe-se pouco sobre eles, mas uma das apostas que podemos fazer é que, da mesma maneira que a Gen Y foi afetada pelo surgimento da internet e a Gen Z pela mobilidade, a Geração Alpha deve ser afetada pela inteligência artificial.
A comunicação com as diferentes gerações deve levar em consideração as características principais de cada uma, como você acabou de ver. Isso se reflete em vários aspectos:
Por exemplo, imagine que uma empresa de eletrônicos quer criar uma peça de marketing digital sobre um novo smartphone que está lançando no mercado.
Para se comunicar com os Baby Boomers e Gen X, ela pode destacar o custo-benefício e reforçar que é uma compra inteligente. Assim, apela para o perfil equilibrado dessas gerações.
Para se comunicar com os Gen Y, ela pode destacar o status da marca e enfatizar o fato de que eles vão conseguir ser mais produtivos do que seus colegas com a ajuda daquele aparelho. Assim, apela para o perfil mais individualista e competitivo dessa geração.
Para se comunicar com os Gen Z, ela pode destacar que todos estão comprando e ressaltar que o aparelho permitirá conectar-se e colaborar com os amigos. Assim, apela para o perfil coletivista dessa geração.
Perceba que é o mesmo produto; porém, dependendo da geração do consumidor, a linha de argumentação mais efetiva muda completamente.
Outro exemplo: para se comunicar com gerações mais "antigas", os Baby Boomers e Gen X, dados e fatos são muito importantes. Enquanto isso, para se comunicar com as gerações mais novas, Millenials, Gen Z e até Alphas, muitas vezes nem é preciso usar palavras; em vez disso, eles preferem emojis, gif's e, mais recentemente, os memes.
Antes de encerrar esse artigo, precisamos deixar para você um recado importante: cuidado com as gerações. Não caia na armadilha de acreditar cegamente nessa informação.
Em primeiro lugar, não existe um consenso absoluto sobre as gerações; por exemplo, as datas exatas em que cada geração começa é um ponto sobre o qual muitos discordam. Em segundo lugar, dentro de uma mesma geração, existem muitos perfis diferentes. As pessoas podem compartilhar alguns traços, mas não outros. Nem todo Millenial é individualista; nem todo Gen Z é idealista.
Imagine duas pessoas: uma do sexo masculino, nasceu em São Paulo, de classe social A ou B, tem ensino superior completo; outra do sexo feminino, nasceu no Ceará, de classe social C, com ensino básico incompleto. Mesmo que os dois sejam Millenials, sem dúvida, existem diferenças importantes entre eles, certo? E essas diferenças precisam se refletir na comunicação.
Por isso, você não deve reduzir seus clientes a uma visão generalista. Saber com qual geração você está falando é apenas uma parte do trabalho; você precisa ir mais a fundo e desenvolver uma persona (ou várias personas) dos seus clientes.
Uma persona é uma representação bastante detalhada, que inclui a informação sobre a geração, mas também traz muitas outras informações relevantes sobre o perfil do cliente: sexo e gênero, classe social, localização, escolaridade, formação, profissão, interesses, e assim por diante. A persona, então, orienta as principais decisões de marketing.
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