Ainda é cedo para avaliar os impactos econômicos no longo prazo da crise do novo coronavírus. Mas uma coisa é certa: os pequenos negócios precisam de uma saída urgente para gerar fluxo de caixa imediato. Afinal, a folha de pagamento dos funcionários, as contas e os fornecedores necessitam de atenção neste mês.
A boa notícia é que há um consenso sobre a importância de ajudar essas pequenas empresas. Grandes marcas como Stella Artois estão apoiando diretamente esses negócios com o intuito de gerar fluxo de caixa e outras iniciativas, a exemplo do Delivery do Bem, permitem uma margem de faturamento maior neste momento de crise.
Por toda parte também se veem campanhas estimulando o consumidor a fazer essa escolha consciente. Desde o Sebrae até empresas como a Mastercard estão divulgando esse movimento de conscientização. Até a cantora Marília Mendonça, em uma live no YouTube para 3,2 milhões de pessoas, deixou essa mensagem para o público. Agora cabe à sua empresa tornar mais fácil para as pessoas poderem apoiá-la.
Se você conta com uma clientela fiel e proporciona regularmente boas experiências ao consumidor, não tenha receio de pedir apoio nesta hora. O público certamente estará receptivo e se sentirá até orgulhoso de ajudar.
É claro, entendemos que muitos negócios estão com funcionamento limitado ou sem atendimento externo neste momento. Mesmo assim, é possível vender e gerar fluxo de caixa por meio de voucher e gift card (cartão-presente ou vale-presente).
Basicamente, sua empresa pode vender agora e entregar depois. Isso é especialmente útil para empresas que oferecem serviços presenciais, como academias, spas, salões de beleza, e de turismo e hotelaria. No entanto, o mesmo princípio pode ser aplicado para qualquer tipo de negócio.
O voucher é uma garantia de que o cliente terá direto a determinado produto ou serviço no futuro, como um investimento para entrega posterior. Ele pode ser chamado também de cupom, embora não precise necessariamente oferecer um desconto na compra.
Isso tem um maior apelo entre o público que já conhece a empresa. Por exemplo, um bar pode oferecer a venda de um pacote de drinques ou de outras bebidas para comprar agora e o cliente que já era frequentador poderá retirar os produtos quando o estabelecimento for reaberto.
O vale-presente tem o mesmo funcionamento do voucher: é uma compra para ser usada posteriormente. A diferença é que se trata de um “curinga” a ser usado por uma terceira parte, ou seja, a pessoa que vai ser presenteada. Geralmente, dá direito a determinado valor em compras e a pessoa usa como quiser.
É uma boa alternativa para presentear em datas especiais, especialmente nos casos em que a restrição à circulação de pessoas afetará a plena celebração da data, como no Dia das Mães. Agências de viagens podem oferecer pacotes turísticos para o segundo semestre de 2020 ou para 2021 como forma de presente dos filhos, só para citar uma das possibilidades dos gift cards.
Uma vez que tenham ficado mais claras essas alternativas para gerar fluxo de caixa, vamos ver o que fazer para colocá-las em prática na sua estratégia comercial.
Sem uma venda on-line, como os consumidores poderão adquirir o voucher ou gift card em meio a um cenário de mobilidade restrita? Portanto, é preciso oferecer um serviço pela internet que facilite a aquisição.
Para isso, existem ferramentas que podem ser integradas a sites e às redes sociais, como VoucherCart, Easypromos e Coupontools. Mas essas opções podem sair um pouco caras (a partir de 29 dólares por mês) para pequenos negócios que precisam gerar fluxo de caixa emergencialmente.
Uma solução mais econômica é o Abacashi ou outras plataformas de crowdfunding (financiamento coletivo), como Catarse. No Abacashi, por exemplo, os clientes podem comprar vouchers com pacotes variados de produtos e o serviço desconta apenas R$ 0,30 de cada transação.
Para quem já trabalha com o Instagram, a rede social está fazendo testes de uma ferramenta para apoiar pequenos negócios por meio da venda de cartão-presente, mas ainda sem data para ir ao ar.
É necessário também que sua empresa não será o único pequeno negócio embarcando nessa onda. Haverá concorrência, como sempre existiu, por isso é importante criar diferenciais nas suas ofertas, como um benefício de desconto ou produtos extras.
Considerando ainda que o cliente só receberá a compra depois de algumas semanas ou meses, ele deve perceber uma real vantagem de fazer a aquisição agora, em especial quando se trata de valores mais elevados.
O último ponto, mas não menos importante, é que sua empresa precisa ser organizada e transparente na administração desses vouchers ou gift cards. Nas campanhas de marketing digital para a venda antecipada deve estar claro para o consumidor em que período e de quais formas ele poderá retirar a compra.
Considere, portanto, sua capacidade de disponibilizar o serviço ou produto ao público. Se todos os clientes quiserem retirar no mesmo instante, sua equipe pode ter dificuldades de atender e isso pode resultar em uma má experiência depois. Seja estratégico e diversifique a oferta para não gerar uma sobrecarga no futuro.
Uma forma de equilibrar a procura com a capacidade de entrega é a venda de vouchers ou gift cards em lotes. Por exemplo, as primeiras pessoas que comprarem poderão usar antes a oferta, e assim sucessivamente.
Interessou-se por essas alternativas para gerar fluxo de caixa em meio à crise do novo coronavírus? Precisa de ajuda com sua estratégia digital neste momento difícil? Então confira os demais conteúdos no blog da Monking com diversas dicas sobre marketing na internet, ou então tire suas dúvidas diretamente com nossa equipe.