Este é um momento delicado. A crise global do novo coronavírus (COVID-19) representa não só um desafio à saúde pública, como traz um impacto no mercado.
Mas este também é um momento de aprendizado, adaptação e superação, e o marketing das empresas tem um papel importante para os negócios na saída da crise. Confira.
Vivemos em um mundo conectado e interdependente. O que se vê, diante das medidas para conter o novo coronavírus, é um efeito cascata no mercado.
Economias pelo mundo vão sentir isso em 2020. A China, epicentro do COVID-19, já mostra os resultados de ter de parar as atividades. A produção industrial chinesa caiu 13,5% em janeiro e fevereiro deste ano.
O Brasil enfrentará também uma série de desafios econômicos na luta por um objetivo maior: proteger o sistema de saúde de um colapso e salvar vidas. Mas, assim como já passamos por dois processos de impedimento de presidentes, a crise financeira de 2008, surto de H1N1 e recessão, nós passaremos pelo novo coronavírus.
Então, as perguntas que devemos fazer como negócios são as seguintes:
Cada segmento de mercado viverá um momento específico. Em alguns tipos de negócio veremos uma tendência de retração. Empreendedores nessas áreas precisam adaptar-se rápido. Entretanto, a demanda por certos tipos de produto ou serviço crescerá por conta do novo coronavírus.
Neste momento, precisamos dessa capacidade de rápida adaptação e do contrapeso entre setores para manter a economia ativa e reduzir o impacto negativo da crise.
Podemos citar a alimentação, desde mercados até restaurantes, como um desses segmentos que terão um impacto administrável com o novo coronavírus.
A alimentação é essencial, mas algumas empresas deverão se adaptar. Os supermercados continuarão funcionando, até impulsionados pela súbito aumento na procura, enquanto bares, lanchonetes e restaurantes terão um desafio pela frente.
Em alguns casos, a própria determinação dos Governos limita o atendimento ao público. Em outros, as pessoas percebem naturalmente a necessidade de ficar em casa. Então, esta é a hora de abraçar de vez o serviço de entregas e fortalecer sua comunicação digital.
Com o aumento dos pedidos de comida pela internet, empresas como iFood já estão se antecipando para garantir a continuidade do serviço. A startup criou um fundo de R$ 1 milhão para ajudar entregadores com coronavírus.
Esse também é um exemplo de uma empresa entendendo seu papel e agindo para garantir a manutenção da economia. Temos aí um efeito cascata positivo: iFood ajuda entregadores e assegura restaurantes das entregas, que têm mais dinheiro para injetar no mercado e sustentam diversos outros segmentos, o que permite às pessoas fazerem mais pedidos.
A indústria da tecnologia é outro caso misto. Com todos os eventos do setor adiados, fábricas paradas e fronteiras fechadas, o lançamento de novos produtos sofrerá um baque em 2020. A própria expansão do 5G, liderada pela China, será adiada.
Por outro lado, serviços digitais nunca foram tão necessários. Veja o caso de todas as empresas que subitamente adotaram o teletrabalho (home office). A demanda por ferramentas que permitam isso é maior com a nova realidade imposta pelo coronavírus.
O consumidor em casa também precisará de alternativas para se adequar. Muitas tarefas que ele não costumava, ou nem sabia da possibilidade, passarão a ser feitas on-line. Empresas que tiverem soluções para facilitar a vida das pessoas têm, muito mais que a oportunidade, o dever de comunicar essas soluções ao público. O coronavírus estabelecerá, de vez, a cultura digital.
Outros segmentos de mercado, como viagens, cinemas, shoppings, entre outros, serão mais afetados. Descobrir novos lugares e entretenimento, nos próximos dias, só pela internet.
Até academias estão lutando para manter os negócios pela web. Em vez de aulas presenciais, os treinos são transmitidos on-line para a casa dos clientes.
A questão aqui é o que acontecerá assim que o ápice do novo coronavírus passar. No caso do turismo, destinos que até então lutavam para reduzir o número de turistas, como Barcelona, precisarão urgentemente deles para compensar as perdas.
No Brasil, como enfrentaremos o coronavírus na baixa temporada, estima-se que as perdas do turismo não sejam tão acentuadas. Isso ainda abrirá uma oportunidade para muitas cidades, estabelecimentos e empresas tornem-se novos protagonistas turísticos.
Deve-se, portanto, investir em uma estratégia de marketing para mostrar seus atrativos ao público, oferecer condições facilitadas de pagamento e, acima de tudo, encantar com um excelente atendimento ao cliente.
Espera-se, em um primeiro momento, que cada empresa cumpra seu papel social de prevenção de contágio, que preserve os funcionários, que adote as medidas necessária de higiene, que faça teletrabalho quando possível e respeite as determinações do governos estaduais e municipais.
Espera-se também que os empreendedores mantenham a calma, pelo bem dos próprios negócios. Sem calma não há como enxergar oportunidades, alternativas e soluções diante da crise do novo coronavírus.
Deve ser aprovado no Brasil, como tem sido em outros países afetados pelo coronavírus, um pacote de medidas econômicas para sustentar o mercado, negócios e trabalhadores.
Medidas drásticas de corte de pessoal, de fornecedores e serviços não afetam apenas um caso, mas toda uma cadeia produtiva. Governos e o setor privado dividem essa responsabilidade.
A Uber, por exemplo, vai pagar motoristas que pararem pelo coronavírus. Isso porque cada motorista não tem uma relação só com a Uber. Assim como no caso de iFood, esses trabalhadores informais precisam do dinheiro para gastar em outros negócios, que movimentam a economia, sustentando a própria Uber.
Agora e nos próximos meses, as empresas precisarão justamente dos colaboradores e parceiros antenados com o negócio para virar o jogo. Assim, caminharemos juntos para sair de mais esse episódio delicado na história do Brasil.
A sugestão final que podemos lhe dar é aproveitar esse momento para fortalecer a relação on-line com o consumidor. Aquele velho ditado de “quem não é visto não é lembrado” continua valendo e neste instante, com a cultura digital sendo até uma questão de saúde pública, ter uma forte presença na internet lhe dará um poder de reação muito maior.
Entre em contato conosco e saiba qual é a melhor estratégia para lidar com os desafios do coronavírus na sua comunicação e se conectar com o público.
A crise passa; as relações ficam.