Com a crise mundial devido ao novo coronavírus (COVID-19), as tradicionais datas comemorativas precisaram se reinventar em 2020. Além de usar a tecnologia para fazer chamadas de vídeo e estar presente de alguma maneira em aniversários, Páscoa e Dia das Mães, com os comércios fechados a alternativa mais utilizada para comprar presentes foi através do online. Você sabia que o Dia dos Namorados é até o momento a data com maior aumento de vendas no e-commerce nos últimos anos? Vamos falar mais sobre isso!
Mesmo durante a pandemia, as comemorações não são deixadas de lado e os casais apostaram nisso para a data mais romântica do ano! Em uma pesquisa feita pela empresa Compre & Confie, que analisa e-commerces, entre os dias 28 de maio e 12 de junho, foram efetuadas 15,8 milhões de compras pela internet, o que representa um aumento de quase 120% em relação ao mesmo período do ano passado. O faturamento chegou a mais de R$ 6 bilhões em 2020.
E o público, quem comprou mais? Segundo dados do RankMyAPP, houve equilíbrio nas compras do varejo virtual: os homens foram responsáveis por 50,3% e as mulheres por 49,7% das vendas realizadas nessa época.
Se na Páscoa os consumidores ainda estavam se acostumando com uma nova forma principal de adquirir produtos e as lojas não estavam preparadas para essa nova demanda, com grande parte do comércio fechado, no Dia das Mães já tinha sido apresentado um crescimento de vendas no setor de e-commerce no Brasil.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o aumento foi de 16% em 2020, com vendas de R$ 3,3 bilhões no Dia das Mães, que é a data mais importante do comércio após o Natal.
O estudo da Compre & Confie mostrou que a categoria mais vendida no Dia dos Namorados de 2020 foi “Moda e Acessórios”. Depois, as outras categorias foram “Entretenimento”, “Artigos para Casa”, “Beleza & Perfumaria” e “Informática & Câmeras”.
Sobre a faixa etária, cerca de 34% dos consumidores estão entre 36 e 50 anos que compraram em volume, enquanto as pessoas de 26 a 35 anos correspondem a 31,7%. 19% são pessoas de até 25 anos, e, por fim, 15,4% do total analisado são consumidores com mais de 51 anos.
Outro aspecto a ser analisado para mostrar o poder do e-commerce na data comemorativa para os namorados foi o valor investido nos presentes. Nesse ano de pandemia, os consumidores gastaram mais do em 2019, na pesquisa feita pela Compre&Confie, empresa parceira da Social Miner, especializada em dados de comportamento. Em 2020, o ticket médio saiu de R$ 400,91 para R$ 406,67, crescendo 1,4%, em relação ao ano anterior, por exemplo.
Com a crise gerada pelo coronavírus, milhões de novos consumidores compraram pela primeira vez no e-commerce. A ABComm estima que o aumento de brasileiros comprando pela internet foi mais de 30%, o que é muito significativo. E uma ótima notícia para quem está investindo em disponibilizar seus produtos e serviços em plataformas online, porque a tendência é que esses consumidores continuem comprando online nos próximos anos.
A corrida dos varejistas na migração para o virtual foi acelerada pelo fechamento das lojas físicas devido a quarentena no Brasil. Infelizmente, com o aumento das vendas o comércio online também enfrenta mais tentativas de fraudes. De acordo com a ClearSale, empresa pioneira em soluções antifraude, os prejuízos evitados com possíveis fraudes chegaram a R$ 77,4 milhões, valor bem maior ao registrado no Dia dos Namorados de 2019.
Os comerciantes, sejam pequenos, médios ou grandes, precisam ter mais atenção quanto ao risco de problemas nas compras online, como, por exemplo, as fraudes citadas. Esse fato está relacionado diretamente com a experiência do usuário.
O e-commerce surgiu no Brasil há 25 anos e, desde então, segue superando expectativas e crescendo, mesmo em épocas de crises econômicas, como a atual. O consumidor sabe que comprar pela internet muitas vezes é mais barato, e, assim, economiza. Por isso, é imprescindível que os negócios se modernizem e estejam preparados para essa nova realidade. Com isso, o cenário das lojas virtuais deve se tornar mais competitivo ainda nos próximos anos.
Segundo o presidente da ABComm, o e-commerce deve continuar crescendo após a pandemia e a pesquisa “O futuro do consumo num cenário pós-covid-19”, da Social Miner em parceria com a Opinion Box, comprova a tese apontando que 62,7% dos entrevistados vão fazer compras de mercado/feira em lojas físicas e também online, enquanto 10,9% estão decididos a consumir somente no virtual. Ou seja, a crise do coronavírus já alterou a forma como os consumidores utilizam os serviços online, e esses hábitos devem permanecer após a pandemia.
A previsão da própria Compre & Confie é de consolidação das vendas por e-commerce, mesmo após o final da pandemia global. Já era uma tendência que o consumidor fizesse cada vez mais compras online e os resultados desse setor têm crescido anualmente. Além disso, nota-se que há muitos nichos ainda a serem explorados, o que pode causar um impacto positivo maior ainda no comércio digital.
Como já foi comentado aqui no blog, esse é um momento delicado e que exige adaptações, e, até mudanças. A crise atual ocasionada pelo coronavírus representa um desafio à saúde pública e está interferindo diretamente no mercado mundial. Vale lembrar que é na crise que as oportunidades aparecem, com mais chances de crescimento. A situação vivida exige enorme aprendizado e tamanha superação. E o marketing das empresas pode ser uma das principais alternativas para continuar crescendo.
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